sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ainda era Outono.

o céu azul piscina. a grama verde limão. a brisa gelada que dança com os galhos mais finos da copa da árvore da frente da sala. o mundo parou na rua engarrafada lá fora. mas que mal tem? hoje é o dia mais bonito do ano! o típico outono finalmente chegou. ah, o outono. olhando pela janela dá pra ver duas mulheres pegando um ônibus e indo para algum destino em comum, rumo asa norte. mas a outra, a da blusa amarela, de óculos, continua ali sentada com a mesma perna cruzada tem pelo menos 15 minutos. ainda assim ela parece feliz porque de lá, dá pra ver mais o céu e sentir mais o vento. Os motoristas, nos carros parados, cantam. deve ser porque é outono. sempre existem tantas borboletas assim, ou só fui reparar nisso hoje? as árvores estão cheias delas, e são todas das coloridas. de onde você tá, você também consegue perceber isso?
me diga que hoje você parou para reparar no tanto que o dia está lindo? tá com cara de dia especial. daqueles que dá vontade de correr pela grama verde clara, até cair mais na frente e ficar ali mesmo, parada, olhando o céu piscina, sentindo o vento gelado te abraçar de tão gostoso que ele tá. sabe esses dias aleatórios que surgem vontades de filme? é hoje!
alguém no fundo fala sem parar. mas o meu olhar parece estar preso nesse pedacinho aberto da janela que admira o mundo lá fora. daqui, cada árvore lá na frente tem um tom de verde diferente, o que torna o colorido mais detalhado. tô dizendo.. o dia tá com cara de especial e não foi pelo sonho da noite passada, pelas conversas ou pensamentos mudados, ele tá mais bonito mesmo. por conta própria. não por ser dia ímpar, nem pelo motivo de estarmos no meio da semana. ah, acho que descobri que os carros parados logo alí, a moça de amarelo com a perna cruzada e a música que estava ouvindo antes de chegar aqui me lembraram você. esse gostinho de dia diferente está a sua cara! mas pera.. eu não te conheço. te vi uma única vez na vida e porque as coisas então me lembram você?
(Silêncio)
acordei diferente, ouvi los hermanos, senti o vento mais gelado que o de costume, vi o céu sem uma nuvem sequer e foi em você que pensei. e quis te encontrar. e te ver. e conversar. e me declarar. sim, senti vontade de te dizer uma porção de coisas. mas por um lado, ainda bem que não posso dizer tudo isso pra você. porque no final das contas, eu não sei me declarar. mas mesmo assim, o dia continua especial.


agora já são quase 5 horas da tarde. o sol continua amarelo e forte. mas o céu está levemente mais branco (é sinal de que vai fazer frio quando a noite cair) mas o vento agora sopra morno. típico vento quente da maresia, mas que é super refrescante lembra? só faltou o cheiro do mar pra eu pular dessa janela e ir ver a água. agora os passarinhos cantam mais, mas não vejo nenhuma borboleta. a rua ainda está engarrafada.. ah, quer saber? vem comigo? vamos pro lago?

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