domingo, 29 de agosto de 2010

Qualquer Coisa.

É que você me da vontade de escrever. Escrever qualquer coisa, só pra sentir qualquer coisa. Não qualquer coisa de uma forma jogada, aleatória, mas um qualquer coisa exato. Sabe? Cheio de surpresas, por isso é qualquer, e costumam ser surpresas interessantes, com leveza de pluma e beleza de um pássaro, desses que voam bem alto e a gente quase nunca vê. Qualquer coisa assim, molhada, não por lágrimas ou por chuva, mas por suor e por saliva... salgado, mas com um gosto doce de quem sente qualquer coisa. Seco, não como um deserto ou brasília em agosto, mas como um vinho saboroso que corta a garganta após se deliciar com um filé. Escrever qualquer coisa, qualquer palavra, pra sentir o gosto, pra sentir a escrita fluindo e indo até o logo mais, até o limiar da sinestesia, da soma dos sentidos, do real... Qualquer coisa que beire o surreal, o irreal... Qualquer irracionalidade, qualquer rato selvagem ou onça domesticada. Assim, um qualquer, pelo gosto de escrever, pelo gosto do você, pelo gosto do querer.

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