segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ashes

E mesmo com a cama mais cheia do que nunca, você acorda e sente ela vazia. Sem braços ou abraços, sem sequer um contato. a manhã fria, a cama quente, o coração gelado e as pernas entrelaçadas. Só isso, nada mais... nem um fluxo de sentimento, ou de satisfação. Só uma sensação de que passou, de que não se quer mais. Você num canto encolhido, eu no meio tentando procurar algum resto. Resto de que? Resto de qualquer coisa que ouse dizer que estava errado e que suas cinzas vão ao vento. Só não repita isso, só não deixe eu pensar que no final suas cinzas vão vir sempre pra mim. Até porque raspas, restos, cinzas, guimbas, qualquer pouco me interessa e me interessa muito, já que no pouco a gente descobre o muito, o tudo... Afinal, ouvi dizer uma vez que o amor começa na carne e depois sobe ao espírito, então não me venha com mais carne se não tiver um espírito para que meu amor alcance.

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