terça-feira, 31 de agosto de 2010

começo.

E no fim sobra o começo. Porque quando vai chegando a hora, aquela maldita hora de dizer adeus, de abandonar o barco, parece que uma bomba explode e leva os últimos dias com ela. É engraçado como no fim só nos resta o começo, quando ainda não se pensava no fim, quando de fato sequer se pensava. O meio? Bem, o meio fica fragmentado como um mosaico, a gente nem sabe direito o quê fez parte do quê e quando aquilo aconteceu, porque não se sabe mais quando deixou de ser bom, quando se tornou pedante. Quanto ao fim, bom, ele chega e leva muita coisa, mas ao menos ainda nos resta o começo e nos cabe o recomeço.

2 comentários:

  1. O recomeço é sempre cabível. Recomeçar às vezes é preciso.

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  2. é, mas também existem casos em que só cabem pontos finais, as reticências não encaixam.

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